Paulo e Silas, são exemplos de seres humanos que aprenderam a lidar com o sofrimento, encontrar um propósito nas cadeias. Neste artigo falaremos um pouco sobre o sofrimento e quais atitudes poderemos tomar diante deles.
16 Certo dia, quando estávamos indo para o lugar de oração, veio ao nosso encontro uma escrava. Essa moça estava dominada por um espírito mau que adivinhava o futuro, e os seus donos ganhavam muito dinheiro com as adivinhações que ela fazia.17 A moça começou a nos seguir, gritando assim:
— Estes homens são servos do Deus Altíssimo e anunciam como vocês podem ser salvos!
18 Ela fez isso muitos dias. Por fim Paulo se aborreceu, virou-se para ela e ordenou ao espírito:
— Pelo poder do nome de Jesus Cristo, eu mando que você saia desta moça!
E, no mesmo instante, o espírito saiu.19 Quando os donos da moça viram que não iam poder mais ganhar dinheiro com as adivinhações dela, agarraram Paulo e Silas e os arrastaram até a praça pública, diante das autoridades.
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De olho na história
O texto em que Lemos, vemos que Paulo e Silas estavam pregando o evangelho na cidade de Filipos. E por diversas vezes uma jovem possuída por um espírito de adivinhação, sempre os perturbavam gritando e dizendo que eles eram servos do Deus altíssimo.
Em uma dessas vezes, Paulo, teve uma indignação, e com autoridade expulsou aquele demônio. a jovem foi liberta, mas, os donos daquela escrava não ficaram felizes e fizeram falsas acusações contra Paulo e Silas diante das autoridades da cidade, o que gerou duros açoites e a prisão para esses homens.
O texto nos diz que a meia-noite, Paulo e Silas orava e adorava a Deus e que de forma sobrenatural um terremoto veio sobre a cadeia e as Correntes caíram daqueles homens.
Paulo e Silas: incomodarão o mundo espiritual
¹⁶ Certo dia, quando estávamos indo para o lugar de oração, veio ao nosso encontro uma escrava
Querido amigo, aqueles homens estavam indo para oração, evangelizando e fazendo a obra de Deus. E todas às vezes que nos propusermos a fazer o bem, sempre vai haver um ataque do mal.
¹⁷ A moça começou a nos seguir, gritando assim: — Estes homens são servos do Deus Altíssimo e anunciam como vocês podem ser salvos!¹⁸ Ela fez isso muitos dias. Por fim Paulo se aborreceu, virou-se para ela e ordenou ao espírito: — Pelo poder do nome de Jesus Cristo, eu mando que você saia desta moça! E, no mesmo instante, o espírito saiu.
Perceba que o demônio naquela moça sabia muito bem quem eram aqueles homens. Então o contexto é de guerra espiritual.
A jovem foi liberta de seres espirituais. Por isso, a resposta do inferno veio logo em seguida. Uma falsa acusação veio sobre aqueles homens.
Em algum momento da sua vida você já questionou a Deus o porquê do sofrimento? Já que você estava fazendo as coisas certas?! Frases do tipo: – ah senhor, eu estava fazendo a sua obra.
A libertação daquela jovem era motivo de alegria, mas, o inferno se mobilizou para transformar em sofrimento.
Lembrando querido leitor, que o ato em si de evangelizar é espiritual! O próprio Paulo já instruiu em 2 Co 4:4:
O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.
Há uma cegueira causada pelos principados e todas às vezes que você está evangelizando, você automáticamente está confrontando o mundo espiritual. Por isso, precisamos estar sempre preparados, sensível para Deus. Evangelizar, libertar, faz parte da guerra.
Paulo e Silas e o discernimento espiritual
¹⁸ ela fez isso muitos dias. Por fim Paulo se aborreceu, virou-se para ela e ordenou ao espírito:
— Pelo poder do nome de Jesus Cristo, eu mando que você saia desta moça! E, no mesmo instante, o espírito saiu.
Veja, a jovem estava falando a verdade. Aqueles dois eram homens de Deus. Numa visão comum você poderia pensar que aquela moça ouviu falar dos evangelistas, por isso, que ela estava dizendo essas palavras. Mas Paulo teve a sensibilidade para perceber que aquela jovem tinha um demônio.
O que eu quero chamar a sua atenção é que existem muitas situações nas nossas vidas que são de ordem natural. Mas, a maioria delas são de ordens espirituais. Precisamos estar atentos.
O próprio apóstolo em efésios 6 vai dizer que a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra principados potestades que atuam nas regiões celestes.
Qual é a luta que você está enfrentando hoje? Quais atitudes você precisa tomar? são atitudes do natural ou são atitudes espirituais?
Paulo e Silas: Alegria no sofrimento
É bem nítido que Paulo e Silas poderiam se defenderem. No final do capítulo, percebemos que Paulo e Silas tinham direito de serem julgados como cidadão romanos.
Se em algum momento eles tivessem reivindicado esse direito, talvez nem a surra e açoites eles teriam sofrido. Mas, por alguma razão eles não invocaram o seu direito.
Acontece que eles estavam sensíveis a situação e encontraram alegria no seu sofrimento, pois, sabiam que existiam um propósito.
O propósito esse que não estava claro, mas, que os seus açoites iriam levá-los até a prisão, até a salvação do carcereiro e da família. Quantas vezes na sua caminhada cristã você pensou em desistir por um desentendimento com algum irmão ou alguma frustração com pessoas? Pelo amor a Jesus e a missão, eles estavam dispostos a ir para o tronco a sangrarem. Que tipo de sacrifício você está disposto a fazer por pessoas, por discípulos pelo Reino? E por Jesus?
Paulo e Silas ativaram as armas espirituais
Depois de serem duramente açoitado, eles foram lançados na cadeia, seus pés amarrados no tronco.
Aparentemente o inimigo deve ter pensado que tinha acabado com a missão.
Os pés, é onde Paulo desreve na carta aos efésios, como a preparação do evangelho.
Os pés daqueles homens estavam amarrados. Mas o que o inimigo não sabia é que, toda aquela situação era de propósito. Todo aquele sofimento tinha um objetivo, pois, o alvo final era o carcereiro.
Diante de uma situação dessa a nossan tendência é irmos ao desespero.
Mas, por alguma razão, a meia-noite aqueles homens começaram a orar, a adorar e a cantar.
Eles fizeram o oposto do que as emoções pedem. As emoções pedem nessas situações: murmuração, a reclamação, o abandono da fé. Ao invés disso, eles louvarão ao senhor e cantaram.
Esta adoração foi tão verdadeira, foi feita com um coração tão sincero, com seus corpos machucados, sangrando, ao tal ponto que o mundo espiritual se moveu naquela cadeia. O texto diz que houve terremoto e que as Correntes caíram.
Profundamente, somos ensinados que uma verdadeira adoração, louvor e oração tem que ser feita do fundo da alma.
E que esse tipo de sacrifício, movem o sobrenatural na nossa direção.
Entenda amigo, eles ativaram as armas espirituais, orar, adorar, cantar. E fizeram isso quando o corpo está machucado, demonstra gratidão.
Esse é o tipo de sacrificio que Paulo descreveu em Romanos 12:
1Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus.
A consequencia não deu outra, terremoto! Queremos o sobrenatural do terremoto, mas não queremos o sacrifício.
Paulo e Silas, a fé que salvou uma família
O texto diz que quando o carcereiro percebeu que a cadeia estava aberta, ele tentou se matar, pois, achava que todos os prisioneiros teriam fugido. Ele sabia que seria responsabilizado por aquela fuga em massa.
Quando ele puxa sua espada para se matar, Paulo e Silas não deixaram, pois, os mesmos estavam no fundo da cadeia, eles não fugiram.
O carcereiro foi impactado pelo milagre da prisão aberta, das Correntes caídas, e pelo caráter de Paulo e Silas. Ele os levou para a sua casa curou das suas feridas e entregou a sua vida e a da sua família a Jesus.
A missão de Paulo e Silas era clara, o objetivo deles era pregar o evangelho, levar a mensagem da salvação para as pessoas.
Veja, que o que salvou o carcereiro foi o sobrenatural, mas também o caráter de Paulo e Silas. Pois os mesmos não fugiram quando tiveram oportunidade.
É importante mencionar este fato querido leitor, na pregação da palavra, o sobrenatural, é de extrema importância, a guerra espiritual precisa ser travada, mas, a nossa vida e caráter também conta. O mesmo Paulo vai descrever que nós somos como cartas vivas.